Proveniente das categorias de base do Juventus-SP e nascido em São Bernardo do Campo - SP, Thiago Motta é o mais novo jogador brasileiro prester a debutar por uma seleção estrangeira. É que ele acaba de receber sua primeira convocação para atuar na seleção italiana de futebol em partida que será disputada hoje contra a Alemanha, em Dortmund. Se você tem TV a cabo, Sportv 2 e Esporte Interativo prometem transmitir às 17h45, horário de Brasília.
O histórico de jogadores brasileiros atuando por outras seleções é vasto, normalmente são jogadores que devido à falta de espaço na seleção brasileira acabam optando por uma nova nacionalidade. São os casos de Marcos Sena, campeão europeu com a Espanha, Cacau e Kuranyi na Alemanha e Deco, Pepe e Liédson (que acaba de voltar ao Brasil pra jogar no Corinthians) na seleção portuguesa só pra citar grandes seleções. Em países de menor tradição no futebol isso também ocorre em larga escala.
A prática já vem do passado. Altafini, conhecido no Brasil como Mazzola, surgiu no Palmeiras na década de 1950 e jogou a Copa de 1958 por seu país, mas depois de se transferir para o futebol italiano e ter grande sucesso passou a jogar pela Squadra Azzurra a partir de 1961.
No Futsal, é ainda mais flagrante. As seleções da Itália, Espanha e até da Rússia são recheadas de brasileiros, chegando ao cúmulo de a equipe italiana ser completamente formada por jogadores do Brasil.
Acredito no livre arbítrio e se um jogador quer jogar vestindo a camisa de outro país o problema é dele. Porém, sou a favor de que ele cumpra alguns requisitos como por exemplo viver naquela nação por pelo menos cinco anos e que ele nunca tenha jogado por seu país de origem.
A FIFA proibe jogadores que atuaram por suas seleções adultas de jogar por outra nação. Estão liberados jogadores que atuaram por seleções de base. Entretanto acaba de abrir um precendente no caso de Thiago Motta, pois este já atuou vestindo a camisa canarinho na Copa Ouro de 2003. Naquela ocasião, o Brasil jogou com jogadores sub-23, argumento que a Federação Italiana utilizou para convencer a FIFA a liberar o jogador.
No ínicio desta semana, Mano Menezes se opôs às naturalizações. "Sou contra naturalização. Para mim, o jogador tem que defender o seu país de origem. Jogar pela seleção é defender o país", opinou o técnico brasileiro.
O atual presidente da FIFA, a mesma que liberou Thiago Motta, foi contra a naturalização de brasileiros em entrevista antes do sorteio da fase de grupos para a Copa de 2010. "No Brasil existem 60 milhões de jogadores. Caso não façamos algo sobre os invasores do Brasil podemos vir a ter na Copa de 2014 ou na de 2018 metade das 32 equipes cheias de jogadores brasileiros - afirmou Joseph Blatter.
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